terça-feira, 30 de setembro de 2014

Educar por Inteiro - Cap. 6: Disciplina: o Futuro dos Filhos é um Reflexo do Lar



Capítulo 6

Disciplina: o Futuro dos Filhos é um Reflexo do Lar

Antes de iniciar o estudo deste capítulo, responda as questões abaixo com V ou F, conforme você concorde ou não com as afirmações.

(     ) Pai e mãe precisam estar de acordo quanto às regras e normas disciplinares do lar.
(     ) Se você ficar bonzinho, contarei uma história na hora de dormir.
(     ) Não brinque aqui! Estou assistindo TV e você está me incomodando. Caia fora, menino, e vá brincar lá fora.
(     ) Antes de entrar numa loja combine o que você pode gastar com a criança.
(     ) Dê o bom exemplo. As crianças aprendem o que vêem.
(     ) O castigo exagerado cria crianças amedrontadas quando pequenas, mas desafiadoras e agressivas à medida que crescem.
(     ) Evite mais de duas ordens ao mesmo tempo.
(     ) Dê as suas ordens como se fosse uma solicitação de favor.
Disciplina e Limites como Necessidade e Conseqüência do Amor
Text Box: “Uma criança não pode apreciar plenamente os frutos da liberdade se não renunciar a uma parte dela. Um pai não pode ajudar uma criança a aprender a gozar plenamente a liberdade sem restringir essa liberdade em alguns aspectos.”
 Arthur T. Jersild1
Amor e disciplina estão interligados: fazer com que a criança sinta-se amada é o primeiro e mais fundamental aspecto da boa disciplina. Sem se sentir amada a criança reage negativamente aos pais e aos seus valores. Portanto, a resposta da criança à disciplina depende do quanto ela se sente amada. Por isso, lembre-se de colocar em prática todos os instrumentos da comunicação do amor, como o olhar e o toque carinhosos e a atenção concentrada, juntamente com as palavras e atos disciplinadores2.
Muitos pais e educadores, na ânsia de fazer com que as crianças comportem-se bem, focalizam demasiadamente o mau comportamento e os aspectos mecânicos da disciplina. São dois grandes equívocos. Devemos sempre atentar mais para o bom comportamento do que para o mau. E os atos de disciplina jamais devem ser mecânicos e automáticos, mas cheios de compreensão e sabedoria. Os melhores resultados ocorrem quando a disciplina consegue ser flexível e ao mesmo tempo firme e consistente.
Crianças pequenas necessitam profundamente da atenção dos pais e de outros adultos significativos em suas vidas (parentes e professores). Se eles apenas prestam atenção aos maus comportamentos, é óbvio que elas continuamente comportar-se-ão mal a fim de conseguir a tão ansiada atenção. Para seus corações pequeninos conseguir alguma atenção, mesmo que negativa, é melhor do que nenhuma. Por outro lado, se os pais e demais educadores deixam claro que, acima de tudo, é o bom comportamento que conseguirá sua atenção e reconhecimento, então elas seguramente aprenderão a se comportar de modo apropriado.
Os estudos sobre o desenvolvimento infantil são unânimes em mostrar que crianças necessitam de disciplina e de limites a fim de se sentirem amadas e protegidas por seus pais. Embora na superfície e à primeira vista elas pareçam reagir negativamente e com frustração aos limites e à disciplina, no fundo elas se sentem protegidas por eles. Este sentimento é um importante componente na percepção do amor paterno e muitas vezes o motivo por trás do mau comportamento da criança é um desejo subconsciente de ordem. Através de seu mau comportamento elas estão gritando para seus pais colocarem ordem nas coisas.
Text Box: “A obediência abre o caminho para o respeito e o respeito é um importante aspecto do amor.(...) A obediência ensina o respeito pelos limites dos outros. E somente respeitamos uma pessoa quando respeitamos seus limites.”
Agnes Ghaznavi3
Os pais precisam se convencer de que determinar limites às crianças é um importante instrumento tanto para transmitir quanto para ensinar o amor. Se estiverem seguros disso não se intimidarão quando for necessário disciplinar a criança, encorajando-a comportamentos mais adequados e aceitáveis. Toda a disciplina, bem como os limites nela inseridos, visa transmitir à criança uma noção de respeito aos demais e ao mundo ao seu redor, inclusive animais e objetos inanimados. A disciplina é um elemento fundamental na construção da capacidade pessoal para a convivência marcada pelo respeito, pela empatia e pelo amor.
Assim, a questão não é se deve ou não haver disciplina, mas sim quanta disciplina, de que tipo, como é aplicada, com que finalidade e em que ambiente emocional ela se dá.
Exercícios:
1.     Preencha a frase: “Fazer com que as ___________sintam-se __________é o primeiro e mais __________________aspecto da boa ________________”.
2.     Por que devemos dar mais atenção ao bom comportamento do que ao mau?
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3.     Preencha as lacunas: “Os estudos sobre o ______________infantil são ___________em mostrar que crianças necessitam de _____________e de __________a fim de se sentirem __________e _____________por seus pais”.
Respondam as questões 4, 5 e 6 em dupla, com posterior comentário para o grupo
4.     Até que ponto você está convencido de que a determinação de limites é um instrumento do amor?
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5.     Você conhece algum fato que retrate as seguintes afirmações?
a) “Muitas vezes o motivo por trás do mau comportamento da criança é um desejo subconsciente de ordem. Através de seu mau comportamento elas estão gritando para seus pais colocarem ordem nas coisas.”
b) “Para a criança é melhor sentir a segurança dos limites do que o pesar da total liberdade.”
6.     Memorize o texto da questão 5 acima.

Diferença entre Disciplina e Punição
Text Box: “Os limites são ensinados, não ditados... O mau comportamento da criança repousa no fato de ela não ter sido ensinada a observar os desejos de seus pais.”
 Stanley Greenspan4
Muitos pais e educadores ainda confundem a palavra disciplina com punição ou castigo. Disciplinar uma criança, nesse entendimento equivocado, significa repreendê-la, puni-la ou castigá-la por alguma ação inadequada. Esse equívoco gera uma série de comportamentos potencialmente destrutivos para as relações de amor, respeito e encorajamento entre adultos e crianças.
A verdadeira meta da disciplina na vida de uma criança não é controlar o seu comportamento, mas ensiná-la a controlá-lo por si mesma. O objetivo é ajudar a criança a desenvolver autodisciplina, ou seja, a capacidade de fazer as escolhas certas mesmo quando existam pressões no sentido contrário.
Todos os estudos sobre a psicologia infantil demonstram claramente que a punição e o castigo, ou sua ameaça, são de baixa eficácia no controle do mau comportamento: em geral servem mais para gerar ressentimento do que para estimular o bom comportamento. Crianças educadas mediante constantes castigos verbais ou físicos, ou intimidadas pela ridicularização proveniente de adultos, são aparentemente mais cordatas e obedientes, mas o custo é alto: elas são também, geralmente, emocionalmente mais distantes e mais isoladas. Além disso, o excesso de punição na infância pode gerar adolescentes rebeldes e incontroláveis.
O fato é que nós todos, como seres humanos, respeitamos apenas dois tipos de pessoas: as que amamos e as que tememos. O respeito pelo medo é extremamente limitado. Ele tende a ser passageiro e muito superficial, existindo apenas na presença da pessoa temida. E se transforma em desprezo e rebeldia por trás de suas costas. É uma bomba relógio que geralmente explode na adolescência. Pais que acham mais fácil controlar seus filhos através da violência física ou verbal estão preparando uma armadilha na qual toda a família eventualmente ficará presa.
Ao contrário, o respeito pelo amor é duradouro e profundamente introjetado pela consciência. Tendemos a manter respeito pelas opiniões, gostos e conselhos daqueles que amamos mesmo na ausência deles e mesmo após seu desaparecimento. Com certeza a maioria de nós já disse ou pensou coisas do tipo “O vovô (ou o papai, a mamãe, a tia Carolina...) ficava chateado quando a gente se comportava assim, por isso não gosto de agir desta maneira até hoje!”.
O respeito pelo amor é tão poderoso que atua até mesmo em relação a pessoas que nunca chegamos a conhecer! O maior exemplo disso são os Profetas fundadores das grandes religiões mundiais, como Krishna, Zoroastro, Moisés, Buda, Jesus, Maomé, o Báb e Bahá’u’lláh, bem como os santos de todas as grandes tradições espirituais. Ao longo dos milênios até hoje, bilhões e bilhões de pessoas seguem seus ensinamentos e buscam respeitar suas doutrinas, mesmo sem nunca tê-los conhecido pessoalmente. E essa obediência se dá devido ao amor que suas vidas, suas palavras e suas obras despertam nos corações dos seres humanos.
Assim, podemos concluir que a disciplina se dá muito mais pela internalização dos limites colocados por pessoas amadas do que pelo medo a pessoas temidas.
Text Box: “Amor e bondade têm uma influência muito maior no aprimoramento do caráter humano do que o castigo”.
Shoghi Effendi Rabbani5
Para inculcar disciplina precisamos recorrer de maneira flexível e criativa a todas as formas de comunicação: exemplos, influência, solicitações, ensino, experiências alegres e não simplesmente a ordens, comandos, castigos e punições. Oferecer guia para a boa ação e o bom pensamento é uma forma mais eficiente de disciplinar do que punir pelas más ações. E quando o encorajamento e o aconselhamento predominam, ao invés da repreensão e da punição, é muito mais fácil manter o ambiente emocional positivo e amoroso do qual a disciplina depende para ser eficaz.
Exercícios:
1.     Qual a verdadeira meta da disciplina?
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2.     Amor e disciplina podem andar juntos? Justifique.
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3.     Que relação há entre o pai severo e grosseiro com o respeito do filho? Qual a diferença entre o respeito pelo temor e o respeito pelo amor?
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4.     Você concorda com o texto “Amor e bondade têm uma influência muito maior no aprimoramento do caráter humano do que o castigo”? Como colocar essas palavras em prática no seu dia-a-dia?
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Ambiente Emocional e Disciplina
A disciplina que não anda de mãos dadas com o carinho, a ternura, o amor e a empatia tem muita possibilidade de ser negativa.
Toda disciplina sempre consiste em fazer a criança abrir mão de um comportamento considerado inadequado ou a conseguir dela um comportamento tido como desejável. Portanto, todo ato disciplinar representa uma medida de frustração e privação e ela, naturalmente, tende a reagir com ressentimento e mesmo raiva. Precisamos entender isso para não permitir que nosso próprio humor seja uma conseqüência do humor da criança. Se os pais se deixam influenciar pelas emoções negativas da criança, não terão condições de manter a serenidade necessária para a aplicação eficaz da disciplina.
Text Box: “Sem disciplina, seria difícil para uma criança sobreviver e, se sobrevivesse, seria um naufrágio.”
 Arthur T. Jersild6
Além disso, se a experiência geral do relacionamento da criança com os pais for de constante frustração e desprazer, isso tende a estimular nela o medo e a insegurança, o que, por sua vez, a leva a buscar afeição e atenção de maneira exagerada e equivocada. Os ataques histéricos (tantruns), a ira, os ciúmes e as reações hostis tendem a ser as armas desesperadas usadas pela criança para conseguir amor e atenção. A reação da maioria dos adultos a estes comportamentos é negativa, o que apenas piora a situação e fecha o círculo vicioso.
A mais importante regra para ensinar adequadamente a disciplina às crianças é: PACIÊNCIA! Precisamos compreender que nossos filhos e alunos, durante toda a infância, são imaturos e que seus padrões de comportamento são muito mais guiados pelas emoções do que pela razão. Uma característica dessa imaturidade é que a criança não tem a capacidade de usar conscientemente o bom comportamento para conquistar nosso amor e afeto; ao contrário, ela testa constantemente nosso amor através de seu mau comportamento!
Muitas vezes a criança simplesmente não sabe que está se comportando mal, algo que os pais tem dificuldade de entender. Ou, através de seu comportamento, pode estar fazendo perguntas como: “Você me ama?”, ou: “Você está falando sério (ao me impedir de fazer o que eu quero)?”
Portanto, quando teima em fazer algo que os pais não aprovam ela está querendo descobrir duas coisas: a) até que ponto aquela regra é consistente ou verdadeira e b) o quanto ela é amada apesar de seu mau comportamento.
Comportamentos negativos podem ser perguntas do tipo: “Você me ama mesmo quando eu derrubo a comida no chão?”, “Você me ama mesmo quando não desligo a televisão na hora que você pede?”, ou: “mesmo quando eu minto?”, ou: “bato no meu irmão?”, ou: “me recuso a entrar no banho?”, e assim por diante.
Por sua vez, nosso comportamento deve ser uma resposta que diz: “Sim, eu o amo sempre, mesmo quando você faz o que eu não gosto. Mas detesto esse comportamento. Ele não combina com você e espero que mude”. Reafirmar nosso amor incondicional ao filho é fundamental, mas, ao mesmo tempo, temos que ser consistentes e firmes com nossa desaprovação do mau comportamento. A mensagem geral é “Eu o amo, mesmo quando odeio seu comportamento!”. Isso pode ser conseguido quando o comportamento dos pais não é agressivo, mas controlado, e quando suas ações são firmes ao estabelecer limites e ao expressar descontentamento com o comportamento da criança.
A frase “Isso não combina com você!” é um poderoso auxílio para mostrar aos filhos e alunos que não os confundimos com seu mau comportamento e que não permitimos que sua imaturidade comportamental lhes seja imposta como um rótulo. Sabemos que eles, um dia, serão capazes de abandonar o comportamento inadequado se formos ao mesmo tempo amorosos, firmes, consistentes e pacientes.
Precisamos empregar o melhor de nós para manter o clima emocional cheio de afeto, aceitação e ternura. Nada garante isso melhor do que a paciência com as imperfeições de nossas crianças. Recorde-se do que estudamos no capítulo 1 a respeito do autocontrole dos pais.
A disciplina precisa ser empregada em função das crianças e em seu favor, não como um instrumento de dominação paterna nem motivada pela ira, desleixo ou insegurança dos pais, mas sim como um instrumento pedagógico para levar a criança a seguir um comportamento que garanta sua segurança e seu bem-estar físico, psíquico, emocional, social e espiritual.
Com seu comportamento repetidamente desafiador a criança não apenas está verificando a consistência do amor e da disciplina dos pais e mestres, mas também está construindo sua identidade e individualidade.

Exercícios:
1.     . Como anda o seu “termômetro” de paciência para educar seu filho no dia-a-dia ?
(    ) com pouca paciência                (    ) com muita paciência                    (     ) nenhuma paciência
(    ) com relativa paciência              (    ) preciso praticar mais paciência
2.     Por que a regra mais fundamental para disciplinar uma criança é a paciência? Como se reeducar para ter mais paciência com seu filho?
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3.     Conforme o Dr. Stanley Greenspan : “Os limites são ensinados, não ditados... O mau comporta­mento da criança repousa no fato de ela não ter sido ensinada a observar os desejos de seus pais.”
Você concorda? Justifique.
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4.     Você já se defrontou com alguma pergunta comportamental de um de seus filhos tipo: “Você me ama mesmo quando bato no meu irmão?” Como você reagiu, isto é, qual foi sua resposta?
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A Constituição do Lar
Text Box: “Para a criança é melhor sentir a segurança dos limites do que o pesar da total liberdade.”
Justin Pikunas7
Se os pais impõem demasiadas regras e restrições à criança a chance é que a maioria delas seja fútil e desnecessária. É melhor estabelecer algumas poucas regras claras e firmes, válidas para todos os momentos, do que uma infinidade de regrinhas menores.
A melhor forma de fazer isso é formular uma Constituição do Lar que reflita os valores mais verdadeiros e profundos dos pais. Nesta Constituição do Lar devem estabelecer o que NUNCA pode ser feito (como sair de casa sozinho), o que pode ser feito DE VEZ EM QUANDO (dependendo das circunstâncias) e o que deve ser feito SEMPRE (como lavar as mãos antes de comer). Isso ajuda inclusive os pais a terem mais clareza das regras de disciplina que eles próprios defendem.
Essa Constituição do Lar deve ser explícita para todos e não muito extensa. Um total de 10 regras parece razoável. Elas devem se concentrar no que é realmente importante e razoável e nas regras gerais de comportamento. Não adianta estabelecer regras impossíveis, do tipo “em nosso lar irmãos não brigam” nem estabelecer uma lista imensa de proibições do tipo: “é proibido beliscar”, “é proibido dar tapas”, “cuspir no outro”, “puxar os cabelos”, “empurrar”, etc.
O que desejamos é ajudar nossas crianças a lidar com princípios gerais de comportamento ético, com um senso abrangente do respeito pelo outro. Exemplos de regras razoáveis são: “em nosso lar brigas não se resolvem com agressões verbais ou físicas”; “devemos respeitar o corpo de outras pessoas e não lhes causar sofrimento”; “todos ajudam a casa a ser limpa e organizada”; “ninguém mexe nas coisas dos outros sem permissão”; “ninguém ofende o outro mesmo quando zangado”; “palavrões são proibidos”; “as crianças só podem sair de casa com a permissão dos pais”; “a TV somente pode ser assistida nos seguintes dias e horários”; “todos os que estão em casa fazem as refeições juntos”; “na hora da comida só tratamos de assuntos agradáveis”; “devemos tentar ser sempre gentis e corteses”; “criança fica sempre longe do fogão, do ferro elétrico e do armário da cozinha”, e assim por diante.
Text Box: “É melhor ganhar algumas batalhas importantes com firmeza do que perder uma porção de pequenas batalhas até a exaustão.”
Stanley Greenspan8
Portanto, devemos reservar as regras de disciplina rígidas e estritas para aquelas circunstâncias mais sérias, em que o comportamento da criança pode representar um problema ou risco para ela mesma ou para outrem, ou quando estão envolvidas normas gerais de conduta e respeito para manter a harmonia dos relacionamentos. Nesses casos, o foco de nosso ato disciplinar é que a criança obedeça tais normas. Claro que devemos sempre explicar as razões por trás dessas regras, mas o objetivo final é a obediência estrita. Além de afirmar a seriedade e consistência da regra, devemos repeti-la sempre que adequado para que a criança a grave bem e sempre se recorde dela.
Se reservarmos as regras de obediência estrita para as circunstâncias adequadas, então podemos estar tranqüilos que as crianças tenderão a aquiescer a elas. Elas perceberão que essas regras excepcionalmente rígidas, que despertam nos pais reações realmente firmes e determinadas, devem ser muito sérias mesmo. Por outro lado, se formos muito rígidos com qualquer regrinha de comportamento de menor importância, essa firmeza logo se desgasta e se torna inútil.
As regras da Constituição do Lar podem ter que ser repensadas e reescritas em circunstâncias especiais, como durante as férias ou quando se recebem visitas ou alguém está doente.
À medida que as crianças vão crescendo e tendo mais discernimento é importante envolvê-las no estabelecimento dessas regras e limites, explicando as razões por trás das normas disciplinares.
Essa Constituição do Lar também ajuda os pais a serem mais coerentes com as regras de disciplina. Por exemplo, o que não pode ser feito nunca, não pode ser feito nunca mesmo, quer os pais estejam de bom humor, quer não. As regras disciplinares não podem ser inventadas na hora e devem refletir normas gerais de conduta que independem das circunstâncias. Elas devem ser coerentes e não dependentes do humor, cansaço ou disposição do pai e da mãe.
Exercícios:
1.     Quais as vantagens de se estabelecer a “Constituição do Lar” ?
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2.     Liste três regras gerais de comportamento que funcionam bem em sua casa:
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Notas e Bibliografia
1.     Jersild, Arthur Thomas. Psicologia da Criança. Tradução de Marta Botelho Ede e Neil Ribeiro da Silva. Belo Horizonte, Itatiaia, 1977. p. 103
2.     Uma abordagem detalhada sobre a disciplina baseada no amor pode ser encontrada em: Campbell, Ross. Filhos Felizes. Tradução de Neyd Siqueira. São Paulo: Mundo Cristão, 1991.
3.     Ghaznavi, Agnes. The Family Repairs and Maintenance Manual. Oxford, Gerge Ronald, 1989. p. 56-7
4.     Greenspan, Stanley. Filhos Emocionalmente Saudáveis, Íntegros, Felizes, Inteligentes. Tradução de Sérgio Teixeira. Rio de Janeiro, Campus, 2000. p. 339-40
5.     Rabbani, Shoghi Effendi. Cit in: Educação Bahá’í, uma Compilação. Rio de Janeiro, Editora Bahá’í, 1980. p. 87
6.     Jersild, Arthur Thomas. Op. cit. p. 103
7.     Pikunas, Justin. Desenvolvimento Humano. São Paulo, McGraw-Hill, 1979. p. 203
8.     Greenspan, Stanley. Op. cit. p. 341

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