Capítulo 11
Já falamos muito sobre a importância
da educação ética e moral, embora seja um assunto que nunca se esgota. Temos
agora que analisar quais os requisitos fundamentais para que pais e educadores
sejam eficazes neste esforço, que são: 1) convicção e perseverança, 2) visão
positiva da natureza humana, 3) aceitação da singularidade da criança, 4) dar o
bom exemplo, 5) amor e harmonia entre o casal, 6) abundância de experiências
positivas, 7) espiritualidade.
Convicção e Perseverança
Antes de tudo, é preciso estar convicto da importância da educação do
caráter. Se alguém está plenamente convencido disto, então buscará e encontrará
os meios de pôr a educação para a ética em prática. A educação para o bem exige
constância e dedicação. Os bons hábitos requerem tempo e quase que infinitas
repetições para serem adquiridos e introjetados. Apenas a fé na relevância da
educação ética e no seu resultado positivo permitirá a perseverança para não
desistir.
É por isso que até agora apresentamos muitos argumentos sobre sua
relevância. Se pais e professores estiverem com isso no âmago de sua cabeça e
seu coração, certamente encontrarão os meios para serem eficazes e exitosos.
Visão Positiva da Natureza Humana
Nossos pensamentos, sentimentos e ações em relação às crianças são
tremendamente influenciados por nossas crenças fundamentais a respeito da
natureza humana. Geralmente essas crenças são inconscientes e não questionadas.
Elas se formam durante a infância e juventude, através das experiências,
principalmente emocionais, e passam a fazer parte do conjunto de referências
internas que usamos para interpretar o mundo e nele atuar.
O tipo de crença que nutrimos sobre o ser humano influencia nossas
expectativas com relação às crianças e isso tem um imenso poder sobre sua forma
de comportamento. Se se espera que as crianças sejam más, elas serão[i].
Alguns adultos são guiados por uma crença infundada de que as crianças
são naturalmente “más”, precisando ser “domadas” e “corrigidas”. Assim, todas
as suas atitudes são guiadas por uma necessidade de policiar e punir, pois
sempre esperam o pior. Além disso, não costumam ter olhos para ver as coisas
que a criança faz certo e reconhecer seu esforço, mas apenas enxergam os
defeitos, erros e fracassos.
A
Psicologia mais avançada nos diz que o ser humano não é mau por natureza. Um
dos primeiros e mais destacados expoentes desta visão foi o psicólogo americano
Abraham Maslow. Escrevendo sobre a essência do ser humano, ele disse: “A
natureza humana está muito longe de ser tão má quanto se pensava. De fato,
pode-se dizer que as possibilidades da natureza humana têm sido, habitualmente,
depreciadas.”[ii]
Uma visão mais positiva da natureza humana vê as
crianças como pedras preciosas que podem ser lapidadas, ou plantas, que podem
ser cultivadas, mas que já possuem todo o potencial de beleza dentro delas
mesmas. Lembre-se que já tratamos disso em capítulos anteriores. Você pode
desejar reler aquelas páginas, para refrescar a memória.
Quando estamos plenamente convictos de que os seres
humanos são nobres por natureza, então nossos esforços educacionais serão muito
mais adequados, eficazes e corretos. A educação ética e moral dar-se-á pelo
encorajamento, pela orientação positiva e pelo esclarecimento entre o certo e o
errado e suas conseqüências. Em vez de se concentrarem no comportamento
negativo, pais e educadores naturalmente salientarão o bom comportamento e o
encorajarão.
Aceitação da Singularidade da Criança
Quando os gametas do pai e da mãe se unem na fecundação, eles formam um
novo ser humano, único no universo, singular, sem igual. A combinação exclusiva
dos genes que formam cada ser humano não apenas determina suas características
físicas, mas também, em grande medida, seu temperamento, seus potenciais intelectuais
e físicos e muito de seus dons e talentos. Enfim, a criança já nasce com uma
personalidade.
Os pais têm a tendência de aceitar as características físicas das
crianças e dificilmente pensam seriamente em tentar mudá-las. Certamente
consideraríamos loucura um pai que tingisse o cabelo do filho simplesmente
porque o preferiria loiro em vez de moreno.
Entretanto, o mesmo não se dá com a personalidade e o temperamento das
crianças. Muitos pais gostariam simplesmente que os filhos fossem “diferentes”.
Gostariam que eles não fossem “tão desorganizados quanto eu”, ou “tão nervosos
quanto a mãe”, ou “tão agitados quanto o irmão mais velho”, ou “tão
mal-humorados quanto o pai”, etc., etc. A mensagem que estes pais passam
permanentemente para seus filhos é “você não é bem aquilo que eu queria que
você fosse”. Claro que tais crianças se sentem tremendamente ressentidas e
magoadas. Uma mágoa e um ressentimento mudos, que ficam abaixo do nível
consciente, gerando baixa auto-estima, insegurança e tristeza.
Para que a educação ética possa ser eficaz a criança precisa se sentir
aceita, acolhida e amada pelo que ela é. Ou seja, precisa ser amada
incondicionalmente. Somente então será capaz de moldar seu comportamento de
acordo com os melhores conselhos e orientações. O objetivo da educação ética é
promover a boa consciência, ensinar o bom comportamento e estimular os bons
sentimentos, não alterar a personalidade. Podemos ajudar nossos filhos a
refinarem seus temperamentos e personalidades, mas não a substituí-los.
Quando
aceitamos a singularidade de cada criança de forma positiva, então naturalmente
buscaremos as melhores abordagens educacionais para inculcar em cada uma delas
aquelas nobres virtudes das quais depende a felicidade individual e coletiva
dos seres humanos.
Exercícios:
1. Numa escala de 1 a 10, qual a importância que você
atribui à educação para a ética e a moral? (1 significa pouco importante, 10
representa importância máxima). Comente com o grupo.
___________________________________________________________________________________________________
2. Por que é importante ter uma
visão positiva da natureza humana?
___________________________________________________________________________________________________
3. Você e seu cônjuge aceitam
plenamente a personalidade característica de seus filhos? Que dificuldades
encontram nesse sentido?
___________________________________________________________________________________________________
4. Comente com o grupo exemplos
que você conheça de pais que quiseram transformar seus filhos em algo que eles
não eram, e as conseqüências disso.
___________________________________________________________________________________________________
Dar o Bom Exemplo
As mais duradouras lições que a criança aprende são ensinadas em
silêncio. As crianças observam e sentem tudo. Muito antes de serem capazes de
manifestar qualquer sinal de autonomia e raciocínio elaborados, elas já estão
sendo educada pelas emoções que captam no ambiente ao seu redor e pelos
exemplos que observam. Estudos transculturais demonstraram que aos cinco anos
de idade as crianças já têm firmemente introjetados os padrões morais do
ambiente no qual são criadas. O aprendizado dos padrões éticos e morais não
espera pela educação formal[iii].
Nos primeiros anos de vida, como diz o psicólogo Khalil Khavari: “as
poderosas forças da recompensa e punição, amor e ódio, alegria e tristeza, dor
e prazer começam a dar forma às atitudes, habilidades e comportamento” das
crianças[iv]. As
lições que a criança melhor aprende são dadas pelo exemplo, não pelas palavras
e sermões.
Por isso, os pais precisam fazer uma avaliação sincera de suas
convicções, atitudes e ações à luz da ética e do bem coletivo, dentro e fora da
família. Através deste esforço sincero para se tornarem melhores seres humanos
eles serão capazes de ensinar poderosas lições através de seu exemplo. O
exemplo é especialmente poderoso na formação ou na prevenção dos preconceitos e
do fanatismo.
Os pais devem ser capazes de investigar seus próprios rancores, ódios e
antagonismos “embutidos” e dirigidos contra pessoas de outras raças,
nacionalidades, religiões ou classes sociais, substituindo-os por sentimentos
de respeito, amor e aceitação para com todos os seres humanos. Se não o
fizerem, as crianças serão igualmente vítimas do desamor que testemunham e
sentem nos pais, perpetuando o ciclo perverso de preconceitos e ódios
inconscientes.
Amor e Harmonia entre o Casal
Talvez nada afete mais o clima no qual se dá o desenvolvimento ético e
moral de uma criança do que a qualidade da relação matrimonial de seus pais. A
criança é como uma pequena planta em desenvolvimento e o amor e a harmonia
entre os pais é como o clima do ambiente no qual esta planta se desenvolve. Se
o clima é de constantes trovoadas, ventanias, furacões, enxurradas, estiagens
violentas, então é óbvio que a planta sofrerá muito e seu desenvolvimento será
muito prejudicado. Por outro lado, se o clima é ameno, cálido e suave, então
ela desenvolver-se-á adequadamente, mesmo que ocorram alguns temporais de
verão.
O casal deve cuidar para que sua relação conjugal seja o mais amorosa,
compassiva e madura possível. Devem considerar o cultivo de sua relação de amor
como parte integrante de seu desenvolvimento e amadurecimento como pessoa, bem
como da educação dos filhos. A relação entre os pais oferece às crianças as
primeiras lições fundamentais sobre valores e práticas morais como amor,
perdão, paciência, carinho, diálogo, boa-vontade, cortesia, arrependimento,
reconciliação, etc.
Quando a relação conjugal é abalada pela falta de amor e harmonia, o
desgaste dos pais impede que dediquem o melhor de sua atenção e cuidado à
educação dos filhos. Além disso, as crianças têm a tendência de depreciar a
orientação e o conselho dos pais quando testemunham neles um comportamento
imaturo, hostil e amargo.
Mesmo em caso de separação, os pais podem e devem manter relações de
cordialidade e respeito, evitando a crítica e a hostilidade mútuas.
Abundância de Experiências Positivas
Sabemos que a vida não é feita somente de coisas boas, quer no tocante a
sentimentos, quer nas experiências, atitudes ou ações. Existe o mal e ele se
manifesta de muitas maneiras dentro e fora do ser humano. Para que o
desenvolvimento da moralidade nas crianças se dê de maneira adequada é
necessário que elas experimentem mais coisas positivas do que negativas na
vida. Sorrisos, afagos, bondade, amor, perdão, compaixão, estímulo,
encorajamento e orientação precisam ser mais abundantes do que críticas,
rancores, repreensões, castigos, agressividade, frieza, ofensas e desamor.
Simplificando muito, podemos dizer que a qualidade do desenvolvimento
ético e moral de uma criança depende do saldo que houver entre suas experiências
positivas e negativas. Cada experiência positiva soma um ou mais pontos. Cada
experiência negativa subtrai um ou mais pontos. Se a contagem no final do dia –
ou da semana, ou do ano, ou da infância – for negativa, então certamente o
desenvolvimento da criança será prejudicado.
Por isso, os pais precisam ser cuidadosos para propiciar o maior número
de experiências positivas para seus filhos, especialmente na demonstração de
amor e na condução da disciplina. Isso pode ser feito seguindo as orientações
que estudamos em detalhe nos cinco primeiros capítulos deste livro. E, além
disso, devem evitar ao máximo as experiências negativas que roubam pontos
preciosos da qualidade da vida e do desenvolvimento de seus filhos.
Isso não quer dizer que os pais nunca possam ficar irritados, nervosos,
zangados ou decepcionados com seus filhos. Isso seria impossível. Mas significa
que tais sentimentos negativos deveriam ser sempre dirigidos contra o mau ato e
o mau procedimento, não contra a criança, como analisamos no capítulo
quatro. Significa também que os pais deveriam desenvolver a capacidade de
expressar seus sentimentos negativos de forma controlada, verbalizando-os
(“Estou muito chateado porque você me desobedeceu.”), ao invés de expressá-los
por atos de violência ou palavras ofensivas (“Você é um menino desobediente e
mal-educado!”).
Frases que expressem sentimentos e ajudem a baixar a tensão, do tipo ─
“Eu estou com muita raiva porque você manchou a colcha nova que eu comprei
ontem. Não é raiva de você, mas do que você fez! Depois que eu me acalmar vamos
conversar a respeito.” ─ têm muito mais eficácia do que explosões de raiva
através de ofensas ou de agressão física.
Espiritualidade
Não existe desenvolvimento ético ou moral que possa prescindir da
espiritualidade. Espiritualidade é algo difícil de definir, mas talvez possamos
dizer que sua maior característica é o profundo amor a Deus e a todas as
criaturas. Quanto mais abundante, abrangente, constante e manifesto for o amor,
maior a espiritualidade.
A espiritualidade se manifesta na mansidão, na retidão de caráter, na
bondade, na justiça, na temperança, na caridade, no perdão, na paciência, na
fé, na perseverança, na compaixão, na alegria e na humildade, entre tantas
outras virtudes e características sublimes e nobres.
O principal instrumento para se cultivar a espiritualidade, ao longo dos
milênios, tem sido os ensinamentos das grandes religiões e das tradições
espirituais do mundo. As religiões mundiais invariavelmente ensinaram
princípios e práticas que ajudam o ser humano a transcender as limitações do
mundo material, a enfrentar as dificuldades e agruras da vida, a amar e perdoar
o próximo e a encontrar um significado maior para sua existência.
Todos os mais elevados princípios e práticas morais que têm guiado a
humanidade ao longo dos milênios nasceram, sem exceção, diretamente dos
ensinamentos de uma das grandes religiões mundiais, ou de sua influência[v]. As
práticas da oração, da meditação, do jejum, da caridade, entre tantos outros
ensinamentos, ajudam as pessoas a descobrir e desenvolver os poderes de suas
almas e a comungar com Deus, o Espírito Supremo.
Porém, não devemos confundir espiritualidade com religiosidade. Uma
pessoa pode ser espiritual sem ser necessariamente religiosa. E há pessoas que
são muito religiosas, mas que carecem de espiritualidade. A religiosidade pode
ser um instrumento para desenvolver a espiritualidade, mas também pode levar ao
obscurantismo, ao radicalismo e ao fanatismo. Alguns, por causa de sua
religiosidade, sentem-se orgulhosos, acima dos demais. A espiritualidade não
admite tais sentimentos, pois ela é dominada pelo acolhimento e compaixão para
com todos.
A pessoa religiosa e espiritual reverencia e pratica os ensinamentos de
sua religião, mas não despreza nem antagoniza as demais crenças e os seguidores
de outras correntes religiosas. Ela se sente irmanada mesmo com os diferentes e
considera a todos seus próximos. Ela não julga. Não condena. Não ofende. Não
exclui. Ela entende a profunda verdade inscrita várias vezes na Bíblia, que
diz: “Reconheço por verdade que Deus não faz distinção entre as pessoas; mas
que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo”[vi].
Devemos lembrar que quando isso foi escrito, as outras nações não eram nem
católicas nem mesmo cristãs.
Quando os pais valorizam a religião e a praticam como algo natural,
bonito, sem preconceitos, dogmatismos e fanatismos, então é muito provável que
a espiritualidade será uma característica do lar e as crianças serão
positivamente influenciadas por este clima moral. Mas é necessário que a
espiritualidade e as práticas religiosas sejam uma coisa viva na vida dos pais,
que eles mesmos as tenham como um hábito, e não que forcem a criança a seguir
dogmas e rituais apenas por conveniência social ou tradição. Se querem que as
crianças orem, devem eles mesmos orar. Se querem que descubram os benefícios da
meditação, devem eles mesmos descobri-los, e assim por diante. Quando a
espiritualidade e a religião não são vivenciadas verdadeiramente pelos pais,
mas são impostas aos filhos e exigidas deles, o resultado típico é eles se
afastarem de qualquer coisa relacionada a Deus.
Os princípios morais ensinados nas grandes tradições espirituais ajudam o
homem a ter uma referência sólida sobre o certo e o errado, e colocam as opções
morais acima das vantagens pessoais e sociais passageiras. Todas as escolhas
éticas e morais são iluminadas e fortificadas quando o homem descobre nelas um
significado divino e eterno.
Entre todos os incontáveis ensinamentos das grandes religiões mundiais,
existe um que predomina como o mais importante: a regra áurea, ou regra de
ouro. Ela é aquela lei espiritual da prática do amor ao próximo, de fazer o bem
e evitar o mal. Os textos que veremos a seguir, encerrando este capítulo, são
retirados das escrituras sagradas de algumas das grandes religiões mundiais.
Através de sua leitura, podemos ver como a regra áurea tem sido, ao longo dos
milênios, continuamente reforçada por todos os profetas em todas as terras. Ela
faz parte das escrituras que são sagradas para bilhões de pessoas em todo o
planeta. Sem dúvida, pode bem servir como a base e o fundamento de qualquer educação
ética no mundo contemporâneo.
Nas citações que se seguem, após o nome da religião, colocamos o nome do
seu profeta-fundador, a região onde ela surgiu e a data aproximada de sua
origem.
A Regra Áurea nas Grandes Religiões
Mundiais
Hinduísmo (Krishna. Há
5.000 anos, Índia)
Não faças aos demais aquilo
que não queres que seja feito a ti; e deseja também para o próximo aquilo que
desejas e aspiras para ti mesmo. Essa é toda a Lei, atenta bem para isso. (Mahabharata, apud. Rost, p.28; Campbell, p.52)
Judaísmo (Moisés. Há
3.400 anos, Egito-Palestina)
Não faças a outrem o que
abominas que se faça a ti. Eis toda a Lei*. O resto é comentário. (Talmud
Babilônico-Hillel, apud. Schlesinger & Porto, p.26; Rost, p.69)
Amarás
o teu próximo como a ti mesmo. (Levítico, 19:18)
Zoroastrismo (Zoroastro.
Há 2.600 anos, Pérsia)
Aquilo que é bom para
qualquer um e para todos, para quem quer que seja - isso é bom para mim... O que julgo bom para mim
mesmo, deverei desejar para todos. Só a Lei Universal é verdadeira Lei. (Gathas, apud. Rost, p.56)
Budismo
(Buda. Há 2.500 anos,
Nepal-Índia)
Todos temem o sofrimento, e
todos amam a vida. Recorda que tu também és igual a todos; faze de ti próprio a
medida dos demais e, assim, abstém-te de causar-lhes dor. (Dhammapada, apud. Rost, p.39)
Cristianismo (Jesus Cristo.
Há 2.000 anos, Palestina)
Tudo aquilo, portanto, que
quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, porque isto é a Lei e os
Profetas. (Mateus 7:12)
Islamismo (Maomé.
Há 1.400 anos, Arábia)
Nenhum de vós é um verdadeiro
crente a menos que deseje para seu irmão aquilo que deseja para si mesmo. (Hadith,
apud. Rost, p.103; Campbell, p.54)
Tradição
Yourubá (Há 1.200 anos, África)
Sempre que alguém quebrar um galho na floresta, deve
pensar como se sentiria se ele próprio fosse o galho que está sendo quebrado. (apud.
Rost, p.21)
Fé
Bahá’í (Bahá’u’lláh. Há 150 anos, Pérsia-Palestina)
Ó filho do homem! ... se
teus olhos estiverem volvidos para a justiça, escolhe tu para teu próximo o que
para ti próprio escolhes. Bem-aventurado quem prefere seu irmão a si próprio...
tal homem figura entre o povo de Bahá.
(Palavras
do Paraíso: Terceira e Décima Folhas
do Paraíso)
Não
ponhais sobre nenhuma alma uma carga da qual vós não desejaríeis ser
incumbidos, nem desejeis para pessoa alguma as coisas que não desejaríeis para
vós mesmos. É este Meu melhor conselho a vós, fôsseis apenas observá-lo.
(Bahá’u’lláh. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, LXVI)
Exercícios:
1. Comente
a frase: “As mais duradouras lições que a criança aprende são ensinadas em
silêncio”.
___________________________________________________________________________________________________
2. Alguma coisa no exemplo que
você e seu cônjuge dão às crianças não combina com o que ensinam ou exigem
delas?
___________________________________________________________________________________________________
3. O que um casal pode fazer
para melhorar a relação conjugal?
___________________________________________________________________________________________________
4. Como podemos garantir que
nossos filhos tenham mais experiências positivas do que negativas?
___________________________________________________________________________________________________
5. Qual a única maneira
construtiva de expressar maus sentimentos?
___________________________________________________________________________________________________
6. Qual a maior característica
da espiritualidade?
___________________________________________________________________________________________________
7. Qual a diferença entre
espiritualidade e religiosidade?
___________________________________________________________________________________________________
8. Sem citar nomes, dê exemplos
de pessoas muito religiosas, mas pouco espirituais, e de pessoas muito
espirituais, mas não necessariamente religiosas. Comente com o grupo como elas
se comportam nas relações interpessoais.
___________________________________________________________________________________________________
9. Como você pensa que pode
praticar a regra áurea no dia-a-dia?
___________________________________________________________________________________________________
10. Como pensa que é possível
ensinar a regra áurea para as crianças a colocarem em prática?
___________________________________________________________________________________________________
11. Dê exemplos de coisas que
você faz com os outros e que não gostaria que fizessem com você. Como você
pensa que poderia evitar estes comportamentos?
___________________________________________________________________________________________________
Notas e Bibliografia
[i] Jones, Edward.
Interpreting Iterpersonal Behavior: the Effect of Expectancies. Science, 3 october 1986, p. 41-6.
[ii] Maslow, Abraham
H. Introdução à Psicologia do Ser.
Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro, Eldorado, s.d. 2ª ed
[iii] Shweder, R;
Mahapatra, M.; Miller, j. Culture and Moral Development. In: Kagan, Jerome and
Lamb, Sharon, eds. The Emergence of
Morality in Young Children. Chicago, University of Chicago Press, 1999. p.
60.
[iv] Khavari, Khalil
and Khavari, Sue Willinston. Creating a
Successful Family. One World, Oxford, 1990. p. 37
[v] Horkheimer, Max. Die Sehnsucht nach dem ganz Anderen,.
Ein Interview mit Kommentar von H. Gumnior. Hamburg:
1970. p. 60.
[vi] Bíblia. Atos 10:34. Vide também Dt. 10:17; II Cro.
19:7; Jó 34:19; Rom. 2:11; Gal. 2:6; Ef. 6:9; Col. 3:25; I Ped. 1:17.
7. Rost, H.T.D. The Golden Rule: A
Universal Ethic. Oxford: George Ronald, 1986.
8. Campbell, E.S. Las Flores de los Altares. Buenos Aires:
EBILA, 1983.
9. Bahá’u’lláh. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh. Rio
de Janeiro: Ed. Bahá’í do Brasil,1977.
10. Schlesinger, Dr.
Hugo e Porto, Pe. Humberto. Pensamentos e Mensagens
Religiosas. São Paulo: Edições Paulinas, 1984.
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