terça-feira, 30 de setembro de 2014

Educar por Inteiro - Cap. 11: Princípios da Educação Ética


Capítulo  11
Princípios da Educação Ética
            Já falamos muito sobre a importância da educação ética e moral, embora seja um assunto que nunca se esgota. Temos agora que analisar quais os requisitos fundamentais para que pais e educadores sejam eficazes neste esforço, que são: 1) convicção e perseverança, 2) visão positiva da natureza humana, 3) aceitação da singularidade da criança, 4) dar o bom exemplo, 5) amor e harmonia entre o casal, 6) abundância de experiências positivas, 7) espiritualidade.
Convicção e Perseverança
Antes de tudo, é preciso estar convicto da importância da educação do caráter. Se alguém está plenamente convencido disto, então buscará e encontrará os meios de pôr a educação para a ética em prática. A educação para o bem exige constância e dedicação. Os bons hábitos requerem tempo e quase que infinitas repetições para serem adquiridos e introjetados. Apenas a fé na relevância da educação ética e no seu resultado positivo permitirá a perseverança para não desistir.
É por isso que até agora apresentamos muitos argumentos sobre sua relevância. Se pais e professores estiverem com isso no âmago de sua cabeça e seu coração, certamente encontrarão os meios para serem eficazes e exitosos.
Visão Positiva da Natureza Humana
Nossos pensamentos, sentimentos e ações em relação às crianças são tremendamente influenciados por nossas crenças fundamentais a respeito da natureza humana. Geralmente essas crenças são inconscientes e não questionadas. Elas se formam durante a infância e juventude, através das experiências, principalmente emocionais, e passam a fazer parte do conjunto de referências internas que usamos para interpretar o mundo e nele atuar.
O tipo de crença que nutrimos sobre o ser humano influencia nossas expectativas com relação às crianças e isso tem um imenso poder sobre sua forma de comportamento. Se se espera que as crianças sejam más, elas serão[i].
Alguns adultos são guiados por uma crença infundada de que as crianças são naturalmente “más”, precisando ser “domadas” e “corrigidas”. Assim, todas as suas atitudes são guiadas por uma necessidade de policiar e punir, pois sempre esperam o pior. Além disso, não costumam ter olhos para ver as coisas que a criança faz certo e reconhecer seu esforço, mas apenas enxergam os defeitos, erros e fracassos.
A Psicologia mais avançada nos diz que o ser humano não é mau por natureza. Um dos primeiros e mais destacados expoentes desta visão foi o psicólogo americano Abraham Maslow. Escrevendo sobre a essência do ser humano, ele disse: “A natureza humana está muito longe de ser tão má quanto se pensava. De fato, pode-se dizer que as possibilidades da natureza humana têm sido, habitualmente, depreciadas.”[ii]
Uma visão mais positiva da natureza humana vê as crianças como pedras preciosas que podem ser lapidadas, ou plantas, que podem ser cultivadas, mas que já possuem todo o potencial de beleza dentro delas mesmas. Lembre-se que já tratamos disso em capítulos anteriores. Você pode desejar reler aquelas páginas, para refrescar a memória.
Quando estamos plenamente convictos de que os seres humanos são nobres por natureza, então nossos esforços educacionais serão muito mais adequados, eficazes e corretos. A educação ética e moral dar-se-á pelo encorajamento, pela orientação positiva e pelo esclarecimento entre o certo e o errado e suas conseqüências. Em vez de se concentrarem no comportamento negativo, pais e educadores naturalmente salientarão o bom comportamento e o encorajarão.
Aceitação da Singularidade da Criança
Quando os gametas do pai e da mãe se unem na fecundação, eles formam um novo ser humano, único no universo, singular, sem igual. A combinação exclusiva dos genes que formam cada ser humano não apenas determina suas características físicas, mas também, em grande medida, seu temperamento, seus potenciais intelectuais e físicos e muito de seus dons e talentos. Enfim, a criança já nasce com uma personalidade.
Os pais têm a tendência de aceitar as características físicas das crianças e dificilmente pensam seriamente em tentar mudá-las. Certamente consideraríamos loucura um pai que tingisse o cabelo do filho simplesmente porque o preferiria loiro em vez de moreno.
Entretanto, o mesmo não se dá com a personalidade e o temperamento das crianças. Muitos pais gostariam simplesmente que os filhos fossem “diferentes”. Gostariam que eles não fossem “tão desorganizados quanto eu”, ou “tão nervosos quanto a mãe”, ou “tão agitados quanto o irmão mais velho”, ou “tão mal-humorados quanto o pai”, etc., etc. A mensagem que estes pais passam permanentemente para seus filhos é “você não é bem aquilo que eu queria que você fosse”. Claro que tais crianças se sentem tremendamente ressentidas e magoadas. Uma mágoa e um ressentimento mudos, que ficam abaixo do nível consciente, gerando baixa auto-estima, insegurança e tristeza.
Para que a educação ética possa ser eficaz a criança precisa se sentir aceita, acolhida e amada pelo que ela é. Ou seja, precisa ser amada incondicionalmente. Somente então será capaz de moldar seu comportamento de acordo com os melhores conselhos e orientações. O objetivo da educação ética é promover a boa consciência, ensinar o bom comportamento e estimular os bons sentimentos, não alterar a personalidade. Podemos ajudar nossos filhos a refinarem seus temperamentos e personalidades, mas não a substituí-los.
Quando aceitamos a singularidade de cada criança de forma positiva, então naturalmente buscaremos as melhores abordagens educacionais para inculcar em cada uma delas aquelas nobres virtudes das quais depende a felicidade individual e coletiva dos seres humanos.
Exercícios:
1.     Numa escala de 1 a 10, qual a importância que você atribui à educação para a ética e a moral? (1 significa pouco importante, 10 representa importância máxima). Comente com o grupo.
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2.     Por que é importante ter uma visão positiva da natureza humana?
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3.     Você e seu cônjuge aceitam plenamente a personalidade característica de seus filhos? Que dificuldades encontram nesse sentido?
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4.     Comente com o grupo exemplos que você conheça de pais que quiseram transformar seus filhos em algo que eles não eram, e as conseqüências disso.
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Dar o Bom Exemplo
As mais duradouras lições que a criança aprende são ensinadas em silêncio. As crianças observam e sentem tudo. Muito antes de serem capazes de manifestar qualquer sinal de autonomia e raciocínio elaborados, elas já estão sendo educada pelas emoções que captam no ambiente ao seu redor e pelos exemplos que observam. Estudos transculturais demonstraram que aos cinco anos de idade as crianças já têm firmemente introjetados os padrões morais do ambiente no qual são criadas. O aprendizado dos padrões éticos e morais não espera pela educação formal[iii].
Nos primeiros anos de vida, como diz o psicólogo Khalil Khavari: “as poderosas forças da recompensa e punição, amor e ódio, alegria e tristeza, dor e prazer começam a dar forma às atitudes, habilidades e comportamento” das crianças[iv]. As lições que a criança melhor aprende são dadas pelo exemplo, não pelas palavras e sermões.
Por isso, os pais precisam fazer uma avaliação sincera de suas convicções, atitudes e ações à luz da ética e do bem coletivo, dentro e fora da família. Através deste esforço sincero para se tornarem melhores seres humanos eles serão capazes de ensinar poderosas lições através de seu exemplo. O exemplo é especialmente poderoso na formação ou na prevenção dos preconceitos e do fanatismo.
Os pais devem ser capazes de investigar seus próprios rancores, ódios e antagonismos “embutidos” e dirigidos contra pessoas de outras raças, nacionalidades, religiões ou classes sociais, substituindo-os por sentimentos de respeito, amor e aceitação para com todos os seres humanos. Se não o fizerem, as crianças serão igualmente vítimas do desamor que testemunham e sentem nos pais, perpetuando o ciclo perverso de preconceitos e ódios inconscientes.
Amor e Harmonia entre o Casal
Talvez nada afete mais o clima no qual se dá o desenvolvimento ético e moral de uma criança do que a qualidade da relação matrimonial de seus pais. A criança é como uma pequena planta em desenvolvimento e o amor e a harmonia entre os pais é como o clima do ambiente no qual esta planta se desenvolve. Se o clima é de constantes trovoadas, ventanias, furacões, enxurradas, estiagens violentas, então é óbvio que a planta sofrerá muito e seu desenvolvimento será muito prejudicado. Por outro lado, se o clima é ameno, cálido e suave, então ela desenvolver-se-á adequadamente, mesmo que ocorram alguns temporais de verão.
O casal deve cuidar para que sua relação conjugal seja o mais amorosa, compassiva e madura possível. Devem considerar o cultivo de sua relação de amor como parte integrante de seu desenvolvimento e amadurecimento como pessoa, bem como da educação dos filhos. A relação entre os pais oferece às crianças as primeiras lições fundamentais sobre valores e práticas morais como amor, perdão, paciência, carinho, diálogo, boa-vontade, cortesia, arrependimento, reconciliação, etc.
Quando a relação conjugal é abalada pela falta de amor e harmonia, o desgaste dos pais impede que dediquem o melhor de sua atenção e cuidado à educação dos filhos. Além disso, as crianças têm a tendência de depreciar a orientação e o conselho dos pais quando testemunham neles um comportamento imaturo, hostil e amargo.
Mesmo em caso de separação, os pais podem e devem manter relações de cordialidade e respeito, evitando a crítica e a hostilidade mútuas.
Abundância de Experiências Positivas
Sabemos que a vida não é feita somente de coisas boas, quer no tocante a sentimentos, quer nas experiências, atitudes ou ações. Existe o mal e ele se manifesta de muitas maneiras dentro e fora do ser humano. Para que o desenvolvimento da moralidade nas crianças se dê de maneira adequada é necessário que elas experimentem mais coisas positivas do que negativas na vida. Sorrisos, afagos, bondade, amor, perdão, compaixão, estímulo, encorajamento e orientação precisam ser mais abundantes do que críticas, rancores, repreensões, castigos, agressividade, frieza, ofensas e desamor.
Simplificando muito, podemos dizer que a qualidade do desenvolvimento ético e moral de uma criança depende do saldo que houver entre suas experiências positivas e negativas. Cada experiência positiva soma um ou mais pontos. Cada experiência negativa subtrai um ou mais pontos. Se a contagem no final do dia – ou da semana, ou do ano, ou da infância – for negativa, então certamente o desenvolvimento da criança será prejudicado.
Por isso, os pais precisam ser cuidadosos para propiciar o maior número de experiências positivas para seus filhos, especialmente na demonstração de amor e na condução da disciplina. Isso pode ser feito seguindo as orientações que estudamos em detalhe nos cinco primeiros capítulos deste livro. E, além disso, devem evitar ao máximo as experiências negativas que roubam pontos preciosos da qualidade da vida e do desenvolvimento de seus filhos.
Isso não quer dizer que os pais nunca possam ficar irritados, nervosos, zangados ou decepcionados com seus filhos. Isso seria impossível. Mas significa que tais sentimentos negativos deveriam ser sempre dirigidos contra o mau ato e o mau procedimento, não contra a criança, como analisamos no capítulo quatro. Significa também que os pais deveriam desenvolver a capacidade de expressar seus sentimentos negativos de forma controlada, verbalizando-os (“Estou muito chateado porque você me desobedeceu.”), ao invés de expressá-los por atos de violência ou palavras ofensivas (“Você é um menino desobediente e mal-educado!”).
Frases que expressem sentimentos e ajudem a baixar a tensão, do tipo ─ “Eu estou com muita raiva porque você manchou a colcha nova que eu comprei ontem. Não é raiva de você, mas do que você fez! Depois que eu me acalmar vamos conversar a respeito.” ─ têm muito mais eficácia do que explosões de raiva através de ofensas ou de agressão física.
Espiritualidade
Não existe desenvolvimento ético ou moral que possa prescindir da espiritualidade. Espiritualidade é algo difícil de definir, mas talvez possamos dizer que sua maior característica é o profundo amor a Deus e a todas as criaturas. Quanto mais abundante, abrangente, constante e manifesto for o amor, maior a espiritualidade.
A espiritualidade se manifesta na mansidão, na retidão de caráter, na bondade, na justiça, na temperança, na caridade, no perdão, na paciência, na fé, na perseverança, na compaixão, na alegria e na humildade, entre tantas outras virtudes e características sublimes e nobres.
O principal instrumento para se cultivar a espiritualidade, ao longo dos milênios, tem sido os ensinamentos das grandes religiões e das tradições espirituais do mundo. As religiões mundiais invariavelmente ensinaram princípios e práticas que ajudam o ser humano a transcender as limitações do mundo material, a enfrentar as dificuldades e agruras da vida, a amar e perdoar o próximo e a encontrar um significado maior para sua existência.
Todos os mais elevados princípios e práticas morais que têm guiado a humanidade ao longo dos milênios nasceram, sem exceção, diretamente dos ensinamentos de uma das grandes religiões mundiais, ou de sua influência[v]. As práticas da oração, da meditação, do jejum, da caridade, entre tantos outros ensinamentos, ajudam as pessoas a descobrir e desenvolver os poderes de suas almas e a comungar com Deus, o Espírito Supremo.
Porém, não devemos confundir espiritualidade com religiosidade. Uma pessoa pode ser espiritual sem ser necessariamente religiosa. E há pessoas que são muito religiosas, mas que carecem de espiritualidade. A religiosidade pode ser um instrumento para desenvolver a espiritualidade, mas também pode levar ao obscurantismo, ao radicalismo e ao fanatismo. Alguns, por causa de sua religiosidade, sentem-se orgulhosos, acima dos demais. A espiritualidade não admite tais sentimentos, pois ela é dominada pelo acolhimento e compaixão para com todos.
A pessoa religiosa e espiritual reverencia e pratica os ensinamentos de sua religião, mas não despreza nem antagoniza as demais crenças e os seguidores de outras correntes religiosas. Ela se sente irmanada mesmo com os diferentes e considera a todos seus próximos. Ela não julga. Não condena. Não ofende. Não exclui. Ela entende a profunda verdade inscrita várias vezes na Bíblia, que diz: “Reconheço por verdade que Deus não faz distinção entre as pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo”[vi]. Devemos lembrar que quando isso foi escrito, as outras nações não eram nem católicas nem mesmo cristãs.
Quando os pais valorizam a religião e a praticam como algo natural, bonito, sem preconceitos, dogmatismos e fanatismos, então é muito provável que a espiritualidade será uma característica do lar e as crianças serão positivamente influenciadas por este clima moral. Mas é necessário que a espiritualidade e as práticas religiosas sejam uma coisa viva na vida dos pais, que eles mesmos as tenham como um hábito, e não que forcem a criança a seguir dogmas e rituais apenas por conveniência social ou tradição. Se querem que as crianças orem, devem eles mesmos orar. Se querem que descubram os benefícios da meditação, devem eles mesmos descobri-los, e assim por diante. Quando a espiritualidade e a religião não são vivenciadas verdadeiramente pelos pais, mas são impostas aos filhos e exigidas deles, o resultado típico é eles se afastarem de qualquer coisa relacionada a Deus.
Os princípios morais ensinados nas grandes tradições espirituais ajudam o homem a ter uma referência sólida sobre o certo e o errado, e colocam as opções morais acima das vantagens pessoais e sociais passageiras. Todas as escolhas éticas e morais são iluminadas e fortificadas quando o homem descobre nelas um significado divino e eterno.
Entre todos os incontáveis ensinamentos das grandes religiões mundiais, existe um que predomina como o mais importante: a regra áurea, ou regra de ouro. Ela é aquela lei espiritual da prática do amor ao próximo, de fazer o bem e evitar o mal. Os textos que veremos a seguir, encerrando este capítulo, são retirados das escrituras sagradas de algumas das grandes religiões mundiais. Através de sua leitura, podemos ver como a regra áurea tem sido, ao longo dos milênios, continuamente reforçada por todos os profetas em todas as terras. Ela faz parte das escrituras que são sagradas para bilhões de pessoas em todo o planeta. Sem dúvida, pode bem servir como a base e o fundamento de qualquer educação ética no mundo contemporâneo.
Nas citações que se seguem, após o nome da religião, colocamos o nome do seu profeta-fundador, a região onde ela surgiu e a data aproximada de sua origem.

A Regra Áurea nas Grandes Religiões Mundiais

Hinduísmo  (Krishna. Há 5.000 anos, Índia)
Não faças aos demais aquilo que não queres que seja feito a ti; e deseja também para o próximo aquilo que desejas e aspiras para ti mesmo. Essa é toda a Lei, atenta bem para isso.                  (Mahabharata, apud. Rost, p.28; Campbell, p.52)

Judaísmo  (Moisés. Há 3.400 anos, Egito-Palestina)
Não faças a outrem o que abominas que se faça a ti. Eis toda a Lei*. O resto é comentário.    (Talmud Babilônico-Hillel, apud. Schlesinger & Porto, p.26; Rost, p.69)
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.          (Levítico, 19:18)

Zoroastrismo  (Zoroastro. Há 2.600 anos, Pérsia)
Aquilo que é bom para qualquer um e para todos, para quem quer que seja - isso é bom para mim... O que julgo bom para mim mesmo, deverei desejar para todos. Só a Lei Universal é verdadeira Lei.                       (Gathas, apud. Rost, p.56)

Budismo  (Buda. Há 2.500 anos, Nepal-Índia)
Todos temem o sofrimento, e todos amam a vida. Recorda que tu também és igual a todos; faze de ti próprio a medida dos demais e, assim, abstém-te de causar-lhes dor.                                              (Dhammapada, apud. Rost, p.39)

Cristianismo  (Jesus Cristo. Há 2.000 anos, Palestina)
Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.  (Mateus 7:12)

Islamismo  (Maomé. Há 1.400 anos, Arábia)
Nenhum de vós é um verdadeiro crente a menos que deseje para seu irmão aquilo que deseja para si mesmo.            (Hadith, apud. Rost, p.103; Campbell, p.54)

Tradição Yourubá  (Há 1.200 anos, África)
Sempre que alguém quebrar um galho na floresta, deve pensar como se sentiria se ele próprio fosse o galho que está sendo quebrado.         (apud. Rost, p.21)

Fé Bahá’í  (Bahá’u’lláh. Há 150 anos, Pérsia-Palestina)
Ó filho do homem! ... se teus olhos estiverem volvidos para a justiça, escolhe tu para teu próximo o que para ti próprio escolhes. Bem-aventurado quem prefere seu irmão a si próprio... tal homem figura entre o povo de Bahá.
(Palavras do Paraíso:  Terceira e Décima Folhas do Paraíso)
Não ponhais sobre nenhuma alma uma carga da qual vós não desejaríeis ser incumbidos, nem desejeis para pessoa alguma as coisas que não desejaríeis para vós mesmos. É este Meu melhor conselho a vós, fôsseis apenas observá-lo.
(Bahá’u’lláh. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, LXVI)


Exercícios:
1.     Comente a frase: “As mais duradouras lições que a criança aprende são ensinadas em silêncio”.
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2.     Alguma coisa no exemplo que você e seu cônjuge dão às crianças não combina com o que ensinam ou exigem delas?
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3.     O que um casal pode fazer para melhorar a relação conjugal?
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4.     Como podemos garantir que nossos filhos tenham mais experiências positivas do que negativas?
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5.     Qual a única maneira construtiva de expressar maus sentimentos?
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6.     Qual a maior característica da espiritualidade?
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7.     Qual a diferença entre espiritualidade e religiosidade?
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8.     Sem citar nomes, dê exemplos de pessoas muito religiosas, mas pouco espirituais, e de pessoas muito espirituais, mas não necessariamente religiosas. Comente com o grupo como elas se comportam nas relações interpessoais.
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9.     Como você pensa que pode praticar a regra áurea no dia-a-dia?
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10.  Como pensa que é possível ensinar a regra áurea para as crianças a colocarem em prática?
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11.  Dê exemplos de coisas que você faz com os outros e que não gostaria que fizessem com você. Como você pensa que poderia evitar estes comportamentos?
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Notas e Bibliografia


[i] Jones, Edward. Interpreting Iterpersonal Behavior: the Effect of Expectancies. Science, 3 october 1986, p. 41-6.
[ii] Maslow, Abraham H. Introdução à Psicologia do Ser. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro, Eldorado, s.d. 2ª ed
[iii] Shweder, R; Mahapatra, M.; Miller, j. Culture and Moral Development. In: Kagan, Jerome and Lamb, Sharon, eds. The Emergence of Morality in Young Children. Chicago, University of Chicago Press, 1999. p. 60.
[iv] Khavari, Khalil and Khavari, Sue Willinston. Creating a Successful Family. One World, Oxford, 1990. p. 37
[v] Horkheimer, Max. Die Sehnsucht nach dem ganz Anderen,. Ein Interview mit Kommentar von H. Gumnior. Hamburg: 1970. p.  60.
[vi] Bíblia. Atos 10:34. Vide também Dt. 10:17; II Cro. 19:7; Jó 34:19; Rom. 2:11; Gal. 2:6; Ef. 6:9; Col. 3:25; I Ped. 1:17.
7. Rost, H.T.D. The Golden Rule: A Universal Ethic. Oxford: George Ronald, 1986.
8. Campbell, E.S. Las Flores de los Altares. Buenos Aires: EBILA, 1983.
9. Bahá’u’lláh. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh. Rio de Janeiro: Ed. Bahá’í do Brasil,1977.
10. Schlesinger, Dr. Hugo e Porto, Pe. Humberto. Pensamentos e Mensagens Religiosas. São Paulo: Edições Paulinas, 1984.

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